Houve muito tempo que não escrevi nada neste blog. É verdade. Admito. Há uma parte de preguiça, mas também que não sabia bem o que escrever. Portanto, aconteçam imensas coisas. A pesquisa de emprego por exemplo. Já tive muitas entrevistas. Como se passa uma entravista? É tudo um mundo.
Em primeiro lugar, evidentemente, é preciso de encontrar uma empresa interessante e mandar um CV e uma carta de motivação. Se fazem o efeito desejado, recebo uma chamada para marcar um encontro. De facto, vai haver três, com três pessoas diferentes. O primeiro com as relações humanas, com um mais o menos psicólogo que determina qual é o meu perfil, qual tipo de personalidade tenho. O secundo é mais técnico. Seria que tenho os conhecimentos para fazer o trabalho? O terço é com o chefe futuro. Temos que poder andar bem juntos.
Mas isto é teoria. Há sempre três entrevistas, mas o uso de cada um pode mudar. A semana passada, por exemplo, tive a terça "entrevista" com uma empresa chamada Elia. A primeira foi com o "psicólogo": tudo normal. A secunda foi com o chefe quem verificou ao mesmo tempo se pudemos andar juntos e se tenho as competências precisas. O terço encontro foi muito especial, foi um "assessment" (também é chamado assim em francês). Toma a forma dum dia inteiro de teste, para ver quais são as minhas competências.
Houve um teste de personalidade, mas a parte interessante foi como um jogo de rolos. Fazemos de conta que estou um manager de não sei que numa empresa qualquer. Tenho a descrição da empresa e o jogo começa assim. Estou de volta do estrangeiro e numa hora vou ter que explicar ao meu chefe como a empresa esta a correr. Tenho então uma hora para ler todos os emails (fictícios) recebidos e perceber o estádio da empresa. A maneira como explico o que percebi da empresa e das problemas dela mostra muito mais o que consigo fazer do que eu a falar disto.
Estou a postular para várias empresas. Em primeiro lugar, porque conseguir presentar-se bem e responder duma maneira positiva numa entrevista não é a coisa mais evidente do mundo, fiz algumas entrevistas falsas. Fui ver companhias que não achava interessantes para praticar.
Agora, estou a fazer as verdadeiras. O que queria mais fazer é de trabalhar como consultante no ambiente. Consultante porque preciso de diversidade, que queria descobrir muitas empresas, maneiras de trabalhar, e assuntos diferentes. O ambiente porque seria óptimo se vejo a utilidade do meu trabalho. Participar à ultra-tecnologisação do mundo não interessa-me, não mais do que desenvolver programas informáticos.
Mas o ambiente não é o que estudei. Por isso é difícil encontrar trabalho lá dentro. Queria descobrir o mundo das energias renováveis, mas ninguém tem dinheiro neste sector... Então vou entrar através uma porta paralela: a energia. Há muito emprego com a electricidade, o gás, etc. e seria uma formação fantástica do que trabalhar neste sector, para depois dirigir-me numa outra direcção.
Acho que o mais provável é que vou trabalhar para uma empresa chamada Altran, que faz consultoria de engenheira. Têm oportunidades com muitas empresas, quer dizer muita diversidade para mim. E é uma empresa com imensos engenheiros. Assim posso encontrar muitas pessoas, falar de trabalho com elas, e devagar construir me um caminho tortuoso para o meu destino ideal.
Esta empresa também tem um outro vantagem: é mundial. Quer dizer que posso com ela trabalhar em vários países como, por exemplo, o Japão ou Portugal...